sábado, 8 de dezembro de 2007

Portalegre


Olá, meus caros amigos internautas.
Peço desculpas pela ausência esses dias, mas estava organizando algumas coisas e fiquei sem tempo. Mas espero que não tenha desarrumado a mala, pois vamos sair a uma bela região. Uma cidade que encanta por suas paisagens, moradores,clima; enfim, uma cidade que te aguarda com muita alegria para cutir umas férias.

História: origem da cidade

No final do século XVIII, foi registrado o surgimento de Portalegre através do avanço de currais de gado que se estendiam até a várzea do rio Açu/Apodi. O Capitão-mor Manoel Nogueira Ferreira ergueu a primeira fazenda do município pela necessidade de procurar paz e tranqüilidade, subindo então para a serra. A terra foi demarcada com um toro de madeira (dormentes).

Daí o primeiro nome da Vila ser considerado Serra dos Dormentes. No ano de 1740, a vila teve seus primeiros e legítimos fundadores, os irmãos portugueses Clemente Gomes d’Amorim e Carlos Vidal Borromeu, casado com Margarida de Freitas, filha do Capitão-mor Manoel Ferreira. Em 1752, dona Margarida de Freitas adoeceu.

Ela e seu marido fizeram votos de cura a Nossa Senhora de Sant’Ana, construindo uma capela em homenagem à santa pela graça alcançada. O segundo nome de Portalegre veio através dessa devoção, passando a se chamar Serra de Sant’Ana.

Os irmãos portugueses, fundadores da vila, antes de receber do governo as concessões da terra já faziam benfeitorias e como não havia Títulos ou Cartas de Doação, o Capitão-mor Francisco Martins arrendava as terras pertencentes a Portugal. Por isso, a mudança do nome para “Serra do Regente” (da regência).

No dia 12 de junho de 1761, a pedido do governador de Pernambuco, o juiz de Recife, Dr. Miguel Caldas Caldeira de Pina Castelo Branco, foi enviado à vila para demarcar a terra para os índios Paiacus que viviam na Ribeira do Apodi. A fundação oficial da vila de Portalegre aconteceu no dia 8 de dezembro do 1761, em virtude da Carta-Régia de 1755, e Alvará-Regio, também de 1755. Segundo Câmara Cascudo, Portalegre foi a terceira vila a ser fundada no Rio Grande do Norte, sendo antecedida de Nova Extremoz do Norte (região que atualmente pertence a Ceará-Mirim), e da vila Nova Arês.

A presença dos índios está registrada no documento datado de 3 de novembro de 1825, que fala da prisão e fuzilamento dos índios na vila de Portalegre. Os índios Luisa Cantofa e João do Pego, incentivadores da revolta indígena contra os moradores da vila, conseguiram escapar. Mais tarde, Cantofa foi assassinada, acompanhada de sua neta Jandi, no momento em que rezava o Ofício. O local do assassinato fica localizado, atualmente, na Bica.

Portalegre foi destaque na Revolução de 1817, conhecida como Revolução Republicana, que lutou contra o poder imperial. Por esse motivo, é considerada a capital revolucionária do Oeste Potiguar.

Turismo: atrativos ecológicos

Portalegre foi contemplada pela natureza com belas paisagens naturais. A cidade possui dois sítios arqueológicos, a Pedra do Letreiro e a Furna do Pelado, descobertos por pesquisadores do Núcleo de Arqueologia da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Esses sítios ainda estão sendo estudados, mas já são pontos turísticos da cidade. Ambos contêm inscrições e gravuras rupestres.

As riquezas naturais são mais visitadas por quem busca momentos de reflexão, relaxamento e contato com a natureza. Um dos principais pontos é o Terminal Turístico da Bica, distante 400 metros do centro da cidade, que recentemente foi reformado pela Prefeitura. Lá existem diversas nascentes de água cristalina que brotam do solo. Também no Terminal Turístico, está a oca da índia Cantofa e onde, segundo a lenda, se pode ouvir o Ofício de Nossa Senhora. Percorrendo a natureza, guiado pelas histórias populares, pode-se visitar a região da cova de Cantofa, onde, segundo os moradores, não nasce vegetação alguma.

CACHOEIRAS - A água é um elemento bastante presente na Serra de Portalegre e configura atrativos como a Cachoeira do Pinga e a Cachoeira da Chã de Vila, as mais visitadas. Delas é possível ver o arco-íris formado pelo cair da água. Existem também alguns olhos d’água e riachos que serviram, por algum tempo, como demarcadores naturais das terras.

TRILHAS - Os mais aventureiros podem enfrentar algumas trilhas. Uma delas vai até a Serra de Martins, um percurso quase inexplorado que era feito pelos carteiros. Os trechos são fortemente marcados por subidas e descidas íngremes, mas o visual compensa o esforço. Para os que querem apenas vislumbrar a paisagem, a sugestão é ir ao Mirante, de onde se pode ter uma bela vista da serra e região vizinha.

ROCHAS - As formações rochosas da cidade encantam os turistas, como as que lembram torres de castelos medievais, de onde se pode ter a mais bela vista do município de Portalegre e cidades vizinhas. O acesso ao local se dá através de trilhas.

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